‘Corrupção no Judiciário ameaça Estado de Direito e direitos humanos’, adverte especialista da ONU
A brasileira e Relatora Especial da ONU
sobre a independência de juízes e advogados, Gabriela Knaul, alertou
hoje (24) que a existência de corrupção no sistema judicial continua a
ser um desafio assustador em muitos países. A especialista pediu aos
governos mundiais para colocarem a independência de juízes, procuradores
e advogados, no centro das suas políticas para prevenir e combater a
corrupção e reforçar o Estado de direito e os direitos humanos.
“A penetração da corrupção no sistema judicial e da profissão
jurídica, de fora ou endêmica, é muito preocupante, pois prejudica
diretamente o Estado de Direito e a capacidade do Judiciário para
garantir a proteção dos direitos humanos”, disse Knaul ao apresentar seu
mais recente relatório anual à Assembleia Geral da ONU.
A Relatora observou que a corrupção judicial prejudica quem não não
têm os meios para jogar pelas regras informais definidas por um sistema
corrupto. “A corrupção no Judiciário desencoraja as pessoas a recorrer
ao sistema formal de justiça”.
Knaul recomenda que os países desenvolvam mecanismos eficazes de
responsabilização para lidar com atos de corrupção para implementar e
fortalecer a transparência no setor público. “Tais mecanismos devem ser
desenvolvidos com a participação plena e consentimento dos
intervenientes. Eles não devem ser usados para ataques infundados contra
a independência do sistema de justiça.”
A perita também afirmou que juízes, procuradores e advogados estão em
uma posição única para enfrentar casos de a corrupção em setores
público e privado.
Clique aqui para acessar os relatório mais recentes produzidos sobre o tema.
A insuspeita Fundação Gates divulgou interessante
estudo sobre o controle dos preços dos alimentos pelos bancos, por intermédio
dos fundos especulativos (hedge). Da mesma forma que os bancos atuam no mercado
derivativo com as primes do mercado
imobiliário, fazem-no com os estoques de alimentos, o que aumenta
espantosamente os preços da comida, sem que os produtores se beneficiem. Um
exemplo, citado pelo estudo, que tem o título sugestivo de People die from hunger
while banks make a killing on food — as pessoas morrem de fome, enquanto os bancos se enriquecem de repente,
especulando com os alimentos.
Como exemplo, o estudo cita o Fundo
Armajaro, da Grã-Bretanha, que comprou 240 mil toneladas de cacau (7% da
produção mundial) e as reteve até obter o maior preço da mercadoria nos
últimos 33 anos. “Os preços do trigo, do milho e do arroz
têm subido significativamente, mas isso nada tem a ver com os níveis de estoque
ou das colheitas e, sim, com os traders, que controlam as informações e especulam no
mercado” — conforme Olivier de Schutter, relator das Nações Unidas sobre o
Direito à Alimentação. Os neoliberais sempre usam o argumento
canalha de que o único caminho rumo ao enriquecimento geral e à igualdade é a
do mercado sem nenhum controle do
Estado, dentro da fórmula de Mme. Thatcher: o pobre que quiser viver melhor,
que se vire. A senhora Francine Mestrum, em
seu estudo, contradiz a falácia: “Em primeiro lugar, a transferência direta
de recursos, que Lula iniciou no Brasil, provou ser efetiva ajuda direta aos
extremamente pobres para irem adiante, em busca de empregos; ou para criarem seu
próprio emprego; para melhorarem os padrões de saúde e reduzir o trabalho
infantil. Este é o principal argumento para o desenvolvimento desses sistemas,
e o próprio Banco Mundial os endossa”.
Como sabemos, são vários os países em
desenvolvimento que adotaram iniciativas semelhantes. Enquanto a Alemanha obriga os países
europeus a cortarem até o osso seus orçamentos sociais — deixando como saldo o aumento espantoso do número de suicídios ou
das pessoas mortas por falta de assistência médica do Estado e, a cada dia, mais trabalhadores obrigados a buscar,
na lata de lixo, o que comer — os bancos continuam acumulando, e
de forma
criminosa, dinheiro e poder como nunca. O
HSBC mundial, que ganhou do governo FHC o Banco Bamerindus, e que tem no
Brasil
o seu terceiro mercado mais lucrativo do mundo, teve que pagar quase 2
bilhões de dólares de multa, em acordo feito com o governo
norte-americano, por
ter, comprovadamente, lavado dinheiro do tráfico de drogas. Como se
sabe, mesmo
depois de ter pedido desculpas públicas pelo crime, o HSBC foi acusado,
em
março deste ano, de lavagem de dinheiro, evasão fiscal e remessa ilegal
de recursos
ao exterior pelas autoridades do governo argentino. Enquanto menos de um
por cento dos seres
humanos controlar, mediante sua riqueza, toda a população do mundo, a
igualdade irá sendo empurrada cada vez mais para o futuro, e serão
considerados
nutridos os que ganharem cinco reais ao dia.
Em 1973, quando o Muro de Berlim
ainda dividia o mundo em dois blocos econômicos e políticos, o então presidente
do Banco Mundial, Robert McNamara, disse que todas as nações deviam esforçar-se
para acabar com a pobreza absoluta — que só existia nos países subdesenvolvidos — antes do novo milênio. Naquele momento os países ocidentais ainda davam
alguma importância à política de bem-estar social, não só como um alento à
esperança de paz dos povos mas, também, como uma espécie de dique de contenção
contra o avanço do socialismo nos países do Terceiro Mundo. A Guerra do Vietnã, com seu resultado desastroso para os Estados
Unidos, levou Washington a simular sua boa vontade para com os povos pobres.
Daí o pronunciamento de McNamara.
O novo milênio não trouxe o fim da miséria absoluta, embora tivesse havido
sensível redução — mais em consequência do desenvolvimento tecnológico, com o
aumento da produtividade de alimentos e bens de consumo primário, do que pela vontade
política dos governos.
Na passagem do século, marcada pelo
desabamento das Torres Gêmeas, o FMI, o Banco Mundial — e a própria ONU — reduziram suas expectativas, prevendo, para 2015, a redução da pobreza
absoluta à metade dos índices registrados em 1990. Em termos gerais, essa meta foi atingida
cinco anos antes, em 2010. A
extrema pobreza, que atingia 41,7% da população mundial em 90, caiu para 22% em
2008 — graças à fantástica contribuição da China e da Índia, conforme adverte Francine
Mestrum, socióloga belga, em recente estudo sobre o tema.
Por outro lado, o número absoluto de
pobres na África Negra dobrou no mesmo período. A China que, pelo número dos
beneficiados, puxou o trem contra a desigualdade, já chegou a um ponto de
saturação. Com o seu crescimento reduzido, como se espera, a China levará
muitos decênios para baixar o número de seus pobres absolutos à metade.
Considera-se alguém absolutamente
pobre quando tem a renda per capita inferior a US$ 1,25 por dia: mais
ou menos R$ 2,50, ou seja, 75 reais ao mês. Esse critério é, no mínimo, cínico.
É possível viver com esse dinheiro? Há quem possa: os trabalhadores das
multinacionais nas tecelagens e confecções de Bangladesh e de outros países da
Ásia do Sul não chegam a ganhar cinco reais ao dia.
O governo de Bangladesh, em seu
portal, declara ser o país “de portas abertas“ (open door), com todas as garantias
e vantagens legais aos investidores, principalmente nas zonas especiais de
produção para exportação (Export processing zones). Em Bangladesh a privatização de empresas públicas chegou
à perfeição, e a miséria dos trabalhadores, também — conforme a meta do
neoliberalismo.
Só
há uma saída para o impasse: a mobilização política dos cidadãos de cada país
do mundo, em uma organização partidária e ideológica nítida em seus princípios
e objetivos e em sua ação coerente, a fim de colocar coleiras nos banqueiros. E
será sempre salutar ver um banqueiro na cadeia, como está ocorrendo, menos do
que é necessário, nos Estados Unidos.
Campanha salarial dos trabalhadores fundacionais 2013
Sáb, 11 de Maio de 2013 13:29
Na
próxima quarta-feira, 15 de maio, se dará o início da campanha salarial
dos trabalhadores contratados pela Fadesp, que trabalham nos hospitais
João de Barros Barreto, Bettina Ferro de Souza e Restaurante
Universitário. Um seminário para discutir e construir a pauta de
reivindicações está sendo convocado pelo Sindtifes-PA.
Este
ano, além do reajuste salarial e das condições de trabalho, deverá
entrar na pauta, mais uma vez, a luta contra a privatização dos
hospitais universitários implementada pelo governo Dilma, PT, através da
implantação da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). A
possível aprovação da empresa pela universidade significa a demissão em
massa desses trabalhadores que compõe metade da força de trabalho dos
dois hospitais e responsáveis por todo o trabalho no RU.
A
elevação inflacionária que tem provocado o aumento do custo de vida no
estado deve pautar o índice de reajuste a ser reivindicado. O Pará tem
batido recordes na inflação do país, basta verificarmos os preços da
farinha e do açaí para constatarmos que esses produtos viraram artigo de
luxo.
As
péssimas condições de trabalho dos hospitais que já provocaram
acidentes com risco de morte, entre várias outras demandas, também serão
pontos fortes a serem abordados. Além disso, deveremos resgatar os
pontos não cumpridos dos acordos passados, como a licença maternidade de
seis meses para as mulheres e a equiparação salarial, até agora não
implementados em sua totalidade.
Por
tudo isso, é muito importante a participação de todos nesse Seminário
que delimitará as pautas a serem apresentadas nas assembleias setoriais.
Todos ao Seminário!
15/05, Setor Recreativo Vadião, às 9h
SEMINÁRIO DE LANÇAMENTO DA CAMPANHA SALARIAL 2013
Assembleias setoriais:
- RU, 16/05, 7:30h;
- HUBFS, 16/05, 11h, Auditório;
- HUJBB, 17/05, 11h, Sala 4 Centro de Estudos.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
40% dos trabalhadores do Pará vivem com salário mínimo, diz Dieese!
Salário Mínimo foi criado por Getúlio Vargas no dia do trabalhador em 1940. Segundo Dieese, remuneração não confere poder de compra no Pará.
Do G1 Pará
Apesar de ter ganhos reais, mínimo não dá poder de compra ao paraense. (Foto: Natália Mello/ G1)
No dia 1º de maio de 1940 o presidente getúlio Vargas assinou o decreto
2.162 criando o salário mínimo. 73 anos depois, cerca de 40% da
população trabalhadora do pará sobrevive com esta remuneração ao longo
do mês. Segundo o Departamento Intersindical de de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), mesmo obtendo ganhos reais (acima da
inflação) nos últimos anos, o salário mínimo compra pouco e não atende
ao que determina a constituição.
Em todo o país, entre abril de 2002 e janeiro de 2013 o valor do
salário mínimo passou de R$ 200 para R$ 622, um aumento 239% que
representa ganho real de 70,49% - o maior desde a sua criação. Porém,
apesar do aumento, ele ainda não confere poder de compra para a
população: na verdade, em valores atualizados, o valor do mínimo nas
décadas de 50 e 60 seria maior que o de hoje: algo em torno de R$ 1.800,00.
Impacto na alimentação
Segundo o Dieese, dos cerca de 3,5 milhões de trabalhadores do estado
do Pará, quase 1,4 milhão (cerca de 40%) recebe salário mínimo. Com a
cesta básica do paraense custando em torno de R$ 291, este trabalhador
gasta quase 47% da sua remuneração apenas para comprar os 12 itens da
alimentação básica. Ainda de acordo com o Dieese, desde o começo do
Plano Real o mínimo não consegue garantir a alimentação de uma família
de quatro pessoas, que custa em torno de R$ 875,58.
A vendedora Kelly Valadares tem 29 anos, ganha um salário mínimo e
conta que a remuneração não é suficiente. "Antigamente as pessoas
conseguiam sobreviver com o mínimo, mas as necessidades vão aumentando.
Dá para fazer supermercado, mas tem que pesquisar bastante", conta a
vendedora, que gasta semanalmente R$ 200 com alimentação.
Por conta do custo da cesta básica, que compromete o orçamento, ela diz
que precisa planejar com cuidado as compras da casa. "Já deixei de
comprar o que eu gostaria de ter, por exemplo televisão LCD ou LED, a
gente acaba deixando para depois porque não dá pra comprar. Tem que se
programar de toda forma pra adquirir, parcelar em até dois anos pra
poder conseguir. O salário mínimo deveria ser de pelo menos R$ 1.000,00, porque o aluguel
está caro e cesta básica é muito cara, mas acho que esse valor já
estaria bom", avalia.
domingo, 28 de abril de 2013
Senado contesta liminar do STF que suspendeu projeto sobre novos partidos
O Senado protocolou nesta quinta-feira à noite recurso junto ao
Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de retomar a tramitação do
Projeto de Lei 4470/12. O agravo regimental sustenta que a liminar
concedida pelo ministro Gilmar Mendes é uma ingerência nas competências
do Poder Legislativo.
O papel do Legislativo é zelar pela suas
competências. Da mesma forma que nós nunca influenciamos decisões do
Judiciário, nós não aceitamos que o Judiciário influa nas decisões
legislativas, consideramos isso uma invasão, afirmou o presidente do
Senado, Renan Calheiros, logo após reunião com o presidente da Câmara
dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, na tarde desta quinta-feira.
Para
Alves, a provocação ao STF foi equivocada. Ele reforçou o discurso de
Renan, ao dizer que não aceita intromissão de outro poder no Congresso.
Alves disse que o Congresso não interfere na forma de votar dos
ministros do STF e também não pode aceitar qualquer interferência na
forma constitucional e regimental de decisão do Legislativo. Esperamos
que o Supremo possa rever essa posição, fazendo justiça ao papel
constitucional do Congresso, disse o presidente da Câmara. O
PL 4470 foi aprovado na última terça-feira (23) pela Câmara e agora
está sendo analisado pelo Senado. O texto limita o acesso de novos
partidos aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda
eleitoral no rádio e na televisão.
A decisão de Gilmar Mendes
suspendeu a tramitação do projeto. De acordo com o ministro, houve
extrema velocidade no exame da matéria, aparente casuísmo em prejuízo
das minorias políticas e contradições entre o projeto e normas
constitucionais. A liminar foi provocada por mandado de segurança
impetrado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Após a decisão liminar de Gilmar Mendes, o projeto não poderá tramitar até que o Supremo julgue se ele é constitucional ou não. O
agravo regimental - impetrado pelo Senado - é um recurso judicial que
pede o reexame de uma decisão monocrática (de um único juiz) pela
composição completa da Corte. Renan acrescentou que o agravo será uma
oportunidade de o STF rever a decisão tomada.
Sem crise
Os
presidentes da Câmara e do Senado negaram que haja uma crise entre
Legislativo e Judiciário, mas disseram ser inconcebível uma tentativa de
influência externa no andamento do processo legislativo.
\"Não
concordamos, não aceitamos que interfiram aqui no nosso processo
correto, constitucional e regimental de expressar os nossos votos.
Portanto, vamos entrar com um agravo regimental esperando que o Supremo
possa rever essa posição e fazer justiça ao papel constitucional dessa
Casa\\\", disse Alves após a reunião com Renan.
Fonte: Agência Câmara
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Inscrições abertas para o Projeto “Tela crítica” - UFPA
A
Faculdade de Ciências Sociais do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da UFPA abre inscrições para o primeiro módulo do Projeto de
extensão “Tela crítica - o mundo do trabalho através do cinema” de 2013.
O programa tem como objetivo discutir as relações de trabalho e
capitalismo, por meio do cinema. Os encontros acontecerão todas as
quintas-feiras, das 14h às 17h30, no período de 2 a 16 de maio, no
auditório do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN), localizado
no Campus Básico da UFPA.
Inscrições- Os interessados podem se inscrever enviando e-mail para: telacriticaufpa@gmail.com
até o dia 30 de abril, informando nome completo, instituição à qual
está vinculado e contatos. Serão ofertadas 30 vagas, efetivadas de
acordo com a ordem de inscrição. Ao final do curso, os participantes com
75% de frequência receberão certificado.
Pensar crítico - Trata-se de um projeto pedagógico,
elaborado pelo professor Giovanni Alves, da UNESP, o qual visa ao
desenvolvimento de um pensar crítico acerca das problemáticas existentes
na sociedade, por meio das produções cinematográficas. A proposta
principal é dialogar com elementos sociológicos sugeridos nos filmes,
tratando temas, como trabalho, globalização, capitalismo, desemprego
estrutural, condições da mulher, opressão feminina, tecnologia e
estranhamento, nos quais a arte se coloca como instrumento lúdico na
construção de uma consciência social crítica.
O público-alvo são professores do ensino médio e toda a comunidade
acadêmica. Para a coordenadora do projeto, Fernanda Nummer, professora
da FACS, os dois motivos de atrair docentes para o projeto são,
“primeiramente, mostrar alguns conceitos do mundo do trabalho, para que
eles os utilizem, posteriormente, em sala de aula. Além disso, a
intenção é socializar a metodologia do projeto, desenvolvida pelo
professor Giovanni. É um aprendizado muito importante”, explica.
No ano de 2012, o projeto atingiu quarenta e sete participantes,
foram produzidos quatro artigos para publicação, dois alunos do PPGCS
fizeram estágio docente no projeto e foi concedida uma bolsa de extensão
para um aluno da Graduação em Ciências Sociais da UFPA.
Eixo temático - Em sua sétima edição, o projeto terá
como eixo temático a Revolução Industrial e continuará com a
metodologia desenvolvida pelo professor Giovanni Alves, como as
indicações de filmes a serem exibidos e um material didático, em CD-ROM,
mostrado após cada sessão, trazendo conceitos chave da Sociologia do
Trabalho, ilustrados com cenas da película. No entanto, segundo a
coordenadora Fernanda, há autonomia, por parte da UFPA, na escolha dos
filmes e das discussões a serem aplicadas, seguindo a espinha dorsal do
modelo proposto por Giovanni, além disso, os próprios participantes
também podem fazer indicações.
Contemporaneidade – Trazendo conceitos básicos da
Sociologia do Trabalho, desde Karl Marx, as temáticas analisadas nos
filmes escolhidos são, de certa forma, atemporais, pois ainda é possível
encontrar, nas relações de trabalho contemporâneas, alguns traços
semelhantes.
“Durante as discussões com a turma, nós conseguimos perceber,
claramente, a atualização destes conceitos, não apenas com relação ao
trabalho industrial, mas também no âmbito da produção de serviços e do
perfil do trabalhador na contemporaneidade. Para a compreensão das
constantes transformações no mundo do trabalho, é fundamental a retomada
de conceitos sociológicos clássicos", finaliza Fernanda Nummer.
Além deste primeiro módulo, o Tela crítica conta, ainda, com um
cronograma de eixos temáticos sobre proletarização, precarização,
mudanças culturais pós-fordista, trabalho feminino e desemprego e
alienação. Ao todo, o projeto terá programação até novembro de 2013.
Serviço 1º módulo do Projeto de extensão “Tela crítica - o mundo do trabalho através do cinema” de 2013 Data: 2 a 16 de maio de 2013 Hora: 14h às 17h30 Inscrições até o dia 30 de abril, pelo e-mailtelacriticaufpa@gmail.com
Texto: Beatriz Santos - Assessoria de Comunicação da UFPA
domingo, 21 de abril de 2013
Programa realiza curso sobre
Economia Solidária e Segurança Alimentar
A
Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Programa “Assessoria
Técnica para Elaboração e Gestão de Projetos Sociais Voltados para o
Mercado Institucional de Alimentos do Território da Cidadania do Baixo
Tocantins e na Região do Salgado", da Faculdade de Ciências Econômicas
(FACECON) do Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA), realiza o
Curso de extensão “Desenvolvimento Rural, Mercado Institucional de
Alimentos e Segurança Alimentar e Nutricional: avanços, limites e
desafios”. O curso será realizado de 22 a 26 de abril, no Campus
Profissional, sala IP-09, da UFPA. Este evento faz parte das ações
realizadas pelo Programa de Extensão Universitária (PROEXT).
De acordo com o coordenador do curso, professor Armando Lírio de
Souza, entre os objetivos do curso, está “criar oportunidade para
diversos agentes sociais - que atuam no âmbito da construção do mercado
institucional de alimentos e da temática da soberania e segurança
alimentar - de um campo de articulação que envolva a comunidade
acadêmica e as instituições promotoras de políticas públicas de
segurança alimentar e nutricional e fortaleça ação da universidade
pública nas discussões e reflexões sobre o desenvolvimento territorial
sustentável.”
O conteúdo do curso será: Políticas de desenvolvimento e as
estratégias de segurança alimentar e nutricional nos territórios rurais;
Política pública e principais questões estratégicas no campo da
segurança alimentar e nutricional; Bases e normas legais do PNAE e
outras legislações e normas que interferem no programa, suas formas de
execução e situação atual do programa no Estado do Pará; A segurança
alimentar e a legislação vigente na comercialização de alimentos;
Certificação da produção local na comercialização de alimentos.
Inscrições – A inscrição deve ser feita enviando a ficha de inscrição preenchida para o e-mailmercadoinstitucionaldealimento@gmail.com.
O curso é indicado para acadêmicos e profissionais de diversos campos
do conhecimento, movimentos e organizações sociais, para gestores
públicos e demais interessados na temática. As inscrições serão
encerradas assim que acabarem as 40 vagas disponíveis.
Programa - O Programa “Assessoria Técnica para
Elaboração e Gestão de Projetos Sociais Voltados para o Mercado
Institucional de Alimentos do Território da Cidadania do Baixo Tocantins
e na Região do Salgado” é um programa de extensão universitária,
integrado ao ensino e à pesquisa, o qual tem por objetivo promover
assessoria técnica em elaboração de projetos sociais voltados à
ampliação da participação dos empreendimentos da agricultura familiar e
empreendimentos econômicos solidários no mercado institucional de
alimentos, em particular, aos projetos desenvolvidos no âmbito do
Programa da Aquisição de Alimentos do Programa Nacional de Alimentação
Escolar, Programas de Economia Solidária, Programas de Aquicultura e
Pesca e outras políticas públicas de inclusão socioprodutiva existentes
no Território da Cidadania do Baixo Tocantins e na Região do Salgado no
Estado do Pará.
Para o professor, este curso é importante, pois vai “estimular a
discussão sobre o avanço e a descentralização das políticas de segurança
e soberania alimentar, desenvolvimento rural, economia solidária e
oferecer aos gestores públicos e à sociedade civil organizada o acesso
às metodologias de gestão participativas e às novas tecnologias de
informação”. Ainda, segundo ele, o curso vai “instrumentalizar as ações
de políticas públicas no âmbito da agricultura familiar, economia
solidária e merenda escolar, assim como potencializar a capacidade de
governança da esfera municipal, particularmente as gestões públicas dos
municípios paraenses. Este tipo de evento possibilita reunir agentes
sociais de várias organizações e instituições, principalmente a
comunidade acadêmica das universidades públicas”, finaliza.
Serviço “Desenvolvimento Rural, Mercado Institucional de Alimentos e Segurança Alimentar e Nutricional: avanços, limites e desafios” Data: de 22 a 26 de abril Local: Campus Profissional, sala IP-09, do ICSA-UFPA Inscrições: Pelo e-mail - mercadoinstitucionaldealimento@gmail.com Texto: Carlos Fernando Pinheiro – Assessoria de Comunicação da UFPA